sexta-feira, 21 de setembro de 2012

HISTÓRIA DO AMAPÁ


A região onde hoje está localizado o atual território do estado do Amapá foi fruto de uma doação a Bento Manuel Parente, um homem português.


Ingleses e holandeses invadiram a região no final do século XVII. Os portugueses conseguiram expulsar os invasores do território.


No século XVIII, os franceses reivindicaram a posse da área. Em 1713 é assinado o Tratado de Utrecht estabelecendo as fronteiras entre o Brasil e a Guiana Francesa, pelo Tratado o rio Oiapoque foi estabelecido como limite entre o Brasil e a Guiana Francesa. Os franceses não honraram o trato. Para defender o território, protegendo os limites contra a invasão francesa os portugueses construíram uma fortaleza que recebeu o nome de São José de Macapá.


No século XIX, a descoberta de ouro na região juntamente com o ciclo da borracha ajudaram o território a crescer e contribuíram também para o povoamento da região. A borracha alcançou preços internacionais altíssimos.


Em maio de 1895 o território é novamente invadido pelos franceses. Em 01 de janeiro de 1900, a Comissão de Arbitragem, em Genebra, deu possessão da região ao Brasil e o território foi incorporado ao estado de Pará, sob o nome de Amapá.


Durante a Segunda Guerra Mundial, visando fatores estratégicos e de desenvolvimento econômico, a região foi desmembrada do estado do Pará pelo Decreto-lei n° 5.812, de 13 de setembro de 1943, constituindo o Território Federal do Amapá.


Em 1945 são descobertas grandes jazidas de manganês na Serra do Navio. Um nova divisão territorial definiu que a porção norte do Amapá do Rio de Cassiporé se tornou a Municipalidade de Oiapoque. Em dezembro de 1957, com o estabelecimento da municipalidade de Calçoene a área é novamente desmembrada.



Através da Constituição de 05 de outubro de 1988 o Amapá passa a ser um Estado.
 


sábado, 15 de setembro de 2012

OIAPOQUE

 História:
O município de Oiapoque originou-se da morada de um mestiço de nome Emile Martinique, no início do século XX. Por isso, a localidade passou a chamar-se inicialmente de Martinica. Foi aí que o governo federal resolveu criar um destacamento militar, para onde vários presos políticos foram enviados. Alguns anos depois esse destacamento foi transferido para Santo Antônio, atual distrito de Clevelândia do Norte, com a denominação de Colônia Militar.
O município está localizado no ponto mais extremo do país, é a principal referência nacional, quando se determina os extremos do Brasil: do Oiapoque ao Chuí.
Criado pela Lei 7.578 de 23 de maio de 1945, o Oiapoque, devido a fronteira com Saint' George - colônia francesa que serve como ponte para a Guiana Francesa, tanto por via marítima quanto aérea, está mudando aquele cenário de cidadezinha do interior. A vida diurna e noturna ganha contornos de cidade que desponta para uma experiência comercial bem mais intensa em relação aos outros municípios (com exceção da capital, Macapá, que convive com o intenso fluxo de imigrantes e de sacoleiros que vêm em busca das facilidades fiscais da Área de Livre Comércio de Macapá e Santana).
Em Oiapoque, além do interminável trânsito de "catraias" que transportam passageiros de um lado para o outro, franceses e brasileiros criam uma nova linguagem ou até falam um o idioma do outro.
O município possui vários atrativos naturais, e, nos vários programas que oferece, está o passeio pelo rio Oiapoque com suas cachoeiras (destaque para a Grand Roche), balneários e densa vegetação, além do Vale do Rio Uaçá onde se localizam as principais comunidades indígenas. Berço de civilizações indígenas, existem em seu território três grandes reservas a Galibi, a Juminã e a Uaçá, com suas respectivas etnias Galibi, Karipuna e Palikur. Isso mostra que o Oiapoque é possuidor de importante área sob o ponto de vista da preservação cultural e ambiental.
Oiapoque - Marco Fronteiriço

Como atrativo de caráter religioso destaca-se a festa de Nossa Senhora das Graças, padroeira do município. O maior atrativo cultural é a festa do Turé - reunião anual de todas as tribos indígenas. O artesanato local é o indígena e merecedor de destaque pela sua beleza e singularidade.
 
Dados do MunicípioCaracterísticas
Nome oficialMunicípio de Oiapoque
Lei de criaçãoNº 7.578, de 23 de maio de 1945
LimitesNorte: Oceano Atlântico
Sul: Calçoene, Serra do Navio e Pedra Branca do
Amapari
Leste: Calçoene
Oeste: Laranjal do Jarí
Área22.625 km2
População (IBGE 2007)20.426 habitantes (recenseada e estimada)
Comunidades principaisSede, Clevelândia do Norte e Vila Velha do
Cassiporé
Distância da Capital590 km (30% pavimentada)
ProduçãoPesca, agricultura e artesanato
TransporteRodoviário, marítimo e aéreo
Aeroporto01 aeroporto e 05 campos de pouso
ClimaQuente e úmido
TemperaturaMédia anual mínima de 22°C e máxima 33°C
Grupos IndígenasGalibi, Karipuna e Palikur
Atração turísticaRios Oiapoque, Uaçá e Cassiporé, lago do Maruaní, Cabo Orange e Cassiporé, Serra do Tumucumaque e Monte Cajarí, passeio de catraia, artesanato indígena e a Festa do Turé

MUNÍCIPIO DE MAZAGÃO



Historia:
 A população de Mazagão é originária do norte da África (Marrocos), que foi colonizada pelos portugueses que pensavam em expandir seus domínios a partir da construção de fortes e castelos. No entanto, as questões religiosas entre muçulmanos, mouros e cristãos portugueses, desaguaram numa sangrenta guerra santa, cujos custos oneraram em muito a Coroa portuguesa.
São travadas lutas acirradas entre mouros e cristãos e, nas breves tréguas, os mais antigos contam que surgia a imagem de um cavaleiro branco, identificado como São Tiago, que passou a ajudar os lusos a vencerem as grandes batalhas.
Os primeiros habitantes de Mazagão, no Amapá, foram 114 brancos e 103 escravos, que se transformaram nos primeiros agricultores desta região que faz parte do Estado. A primeira capital brasileira a hospedar os bravos mazaganenses africanos foi Belém.
Eles permaneceram até junho de 1771, enquanto eram construídas moradias para receber esta população recém-chegada.
Por causa da decadência de Mazagão amazônica, visto as circunstâncias da situação sócio-econômica e política, por volta de 1915 o governador do Pará resolve incorporar esta vila ao município de Macapá. Este fato deixou seus moradores muito insatisfeitos, pois queriam continuar com sua autonomia político-administrativa. Surgiu assim um novo local para instalação da sede de seu município. A área escolhida para servir Mazagão Novo, fica situada a 30 quilômetros de Mazagão Velho e mais próximo à cidade de Macapá, em frente ao Furo do Beija-Flor, entre o rio Vila Nova e o braço esquerdo do Amazonas.
Através da Lei Estadual paraense nº 46, ficou decretada a transferência da sede, de Mazagão Velho para Mazagão Novo, oficialmente instalada no dia 15 de novembro de 1915.

Todos os anos, no mês de julho, é realizada a Festa de São Tiago, tendo seu ápice nos dias 24 e 25, com o "Baile de Máscaras" e a dramatização da "cavalhada", com uma reprodução das lutas travadas entre mouros e cristãos, ambos grupos trajados a rigor.


 
Dados do MunicípioCaracterísticas
Nome OficialMunicípio de Mazagão
Lei de CriaçãoNº 226, de 28 de novembro de 1890
LimitesNorte: Amapari, Porto Grande e Santana
Sul: Vitória do Jari
Leste: Santana e Rio Amazonas
Oeste: Laranjal do Jari
Área13.131 km2
População (IBGE 2010)17.030 habitantes (recenseada e estimada)
Comunidades PrincipaisMazagão (sede), Carvão e Mazagão Velho
Distância da Capital36 km
ProduçãoAgricultura de subsistência
TransporteRodoviário, fluvial e aéreo
AeroportoNenhum
ClimaQuente úmido
TemperaturaMédia mínima 23°C e máxima 33°C
Grupos IndígenasNenhum
Atração TurísticaLagoas, rios. Festa de São Tiago e Festa da Mandioca no mês de julho

Fonte: http://www.ap.gov.br

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

TESTE SEUS CONHECIMENTOS


(ENEM-2008)  Calcula-se que 78% do desmatamento na Amazônia tenha sido motivado pela pecuária — cerca de 35% do rebanho nacional está na região — e que pelo menos 50 milhões de hectares de pastos são pouco produtivos. Enquanto o custo médio para aumentar a
produtividade de 1 hectare de pastagem é de 2 mil reais, o custo para derrubar igual área de floresta é estimado em 800 reais, o que estimula novos desmatamentos.

Adicionalmente, madeireiras retiram as árvores de valor comercial que foram abatidas para a criação de pastagens. Os pecuaristas sabem que problemas ambientais como esses podem provocar restrições à pecuária nessas áreas, a exemplo do que ocorreu em 2006 com o plantio da soja, o qual, posteriormente, foi proibido em áreas de floresta.

Época, 3/3/2008 e 9/6/2008 (com adaptações).

A partir da situação-problema descrita, conclui-se que

a) o desmatamento na Amazônia decorre principalmente da exploração ilegal de árvores de valor comercial.

b) um dos problemas que os pecuaristas vêm enfrentando na Amazônia é a proibição do plantio de soja.

c) a mobilização de máquinas e de força humana torna o desmatamento mais caro que o aumento da produtividade de pastagens.

d) o superavit comercial decorrente da exportação de carne produzida na Amazônia compensa a possível degradação ambiental.

e) a recuperação de áreas desmatadas e o aumento de produtividade das pastagens podem contribuir para a redução do desmatamento na Amazônia.



Resolução:

a) Errada, pois a questão do desmatamento da Amazônia não está limitada somente à extração de madeira, já que existem outras atividades extremamente degradantes como a pecuária, agricultura, mineração e outras.
b) Errada simplesmente pelo fato de que pecuarista não desenvolve plantio de soja.
c) Errada, o texto deixa claro que o custo da formação de pastagem é superior ao de desmatamento, o que estimula a prática da segunda.
d) Errada, os índices de produtividade da pecuária desenvolvida na Amazônia não compensam devido aos altos prejuízos ambientais para produzir somente 35% do rebanho nacional.

A correta: e) A recuperação de áreas degradadas e a utilização de insumos para elevação da produtividade das pastagens impedem que haja uma expansão das fronteiras agropecuárias, resultando automaticamente na diminuição dos níveis de desmatamento.

(ENEM-2008) O gráfico abaixo mostra a área desmatada da Amazônia, em km2, a cada ano, no período de 1988 a 2008.



As informações do gráfico indicam que

a) o maior desmatamento ocorreu em 2004.

b) a área desmatada foi menor em 1997 que em 2007.

c) a área desmatada a cada ano manteve-se constante entre 1998 e 2001.

d) a área desmatada por ano foi maior entre 1994 e 1995 que entre 1997 e 1998.

e) o total de área desmatada em 1992, 1993 e 1994 é maior que 60.000 km2.


Resolução:

a) Errada, o gráfico deixa explícito que 2004 é superado pelo ano de 1995.
b) Errado, os índices de desmatamento em 2007 são inferiores aos de 1997.
c) Errada, os índices de desmatamentos nos anos tiveram oscilações.
e) Errada, nenhum dos anos citados atingiu sequer 20 mil km2, dessa forma, caso sejam somados, o resultado fica distante do valor sugerido na questão.

A correta: d) Os anos de 1994 e 1995 somados resultam em níveis de desmatamento superiores aos dos anos de 1997 e 1998, especialmente o de 1995, que atingiu 30 mil km2.

(ENEM - 2008) Os ingredientes que compõem uma gotícula de nuvem são o vapor de água e um núcleo de condensação de nuvens (NCN). Em torno desse núcleo, que consiste em uma minúscula partícula em suspensão no ar, o vapor de água se condensa, formando uma gotícula microscópica, que, devido a uma série de processos físicos, cresce até precipitar-se como chuva.

Na floresta Amazônica, a principal fonte natural de NCN é a própria vegetação. As chuvas de nuvens baixas, na estação chuvosa, devolvem os NCNs, aerossóis, à superfície, praticamente no mesmo lugar em que foram gerados pela floresta. As nuvens altas são carregadas por ventos mais intensos, de altitude, e viajam centenas de quilômetros de seu local de origem, exportando as partículas contidas no interior das gotas de chuva.
Na Amazônia, cuja taxa de precipitação é uma das mais altas do mundo, o ciclo de evaporação e precipitação natural é altamente eficiente.

Com a chegada, em larga escala, dos seres humanos à Amazônia, ao longo dos últimos 30 anos, parte dos ciclos naturais está sendo alterada. As emissões de poluentes atmosféricos pelas queimadas, na época da seca, modificam as características físicas e químicas da atmosfera amazônica, provocando o seu aquecimento, com modificação do perfil natural da variação da temperatura com a altura, o que torna mais difícil a formação de nuvens.

Paulo Artaxo et al. O mecanismo da floresta para fazer chover. In: Scientific American Brasil, ano 1, n.º 11, abr./2003, p. 38-45 (com adaptações).

Na Amazônia, o ciclo hidrológico depende fundamentalmente:

a) da produção de CO2 oriundo da respiração das árvores.

b) da evaporação, da transpiração e da liberação de aerossóis que atuam como NCNs.

c) das queimadas, que produzem gotículas microscópicas de água, as quais crescem até se precipitarem como chuva.

d) das nuvens de maior altitude, que trazem para a floresta NCNs produzidos a centenas de quilômetros de seu local de origem.

e) da intervenção humana, mediante ações que modificam as características físicas e químicas da atmosfera da região.


Resolução:

a) Errada, pois os ingredientes do ciclo hidrológicos são vapor de água e NCN.
c) Errada, pois a poluição está provocando justo o contrário: a não formação de nuvens e conseqüentemente a falta de chuva.
d) Erro, as nuvens formadas por NCNs na floresta Amazônica se originam na floresta e não são transportadas para lá.
e) O homem só atrapalha o ciclo hidrológico, este só ocorre graças à natureza.

A correta: b) As nuvens se constituem pela formação de NCNs, que na estação chuvosa se desfazem na forma de chuvas baixas e são devolvidos para a natureza onde recomeça todo o processo, num círculo vicioso

Comentarios: Brasil Escola

terça-feira, 11 de setembro de 2012

TEATRO AMAZONAS

O Teatro Amazonas é um dos mais importantes teatros brasileiros, foi construído com verba do ciclo da borracha.

A história do inicia-se em 1881, quando o deputado A. J. Fernandes Júnior apresentou o projeto para a construção de um teatro em alvenaria, na cidade de Manaus. A proposta foi aprovada pela Assembléia Provincial do Amazonas e começaram as discussões a respeito da construção do prédio.

Manaus, que vivia o auge do ciclo da borracha, era uma das mais prósperas cidades do mundo, embalada pela riqueza advinda do látex da seringueira, produto altamente valorizado pelas indústrias européias e americanas. A cidade necessitava de um lugar onde pudessem se apresentar as companhias de espetáculos estrangeiras e a construção do teatro, assim, era uma exigência da época.

O projeto arquitetónico escolhido foi o de autoria do Gabinete Português de Engenharia e Architetura de Lisboa, em 1883. No entanto, em meio às discussões a respeito do local para a edificação e os custos da obra, a pedra fundamental só foi lançada em 1884. As obras transcorreram de forma lenta e somente no governo de Eduardo Ribeiro, no apogeu do ciclo da borracha, a construção tomou impulso. Foram trazidos arquitetos, construtores, pintores e escultores da Europa para a realização da obra.

A decoração interna ficou ao encargo de Crispim do Amaral, com exceção do salão nobre, área mais luxuosa do prédio, entregue ao artista italiano Domenico de Angelis. A sala de espetáculos do teatro tem capacidade para 701 pessoas, distribuídas entre a platéia e os três andares de camarotes.


No salão nobre, com características barrocas, destaca-se a pintura do teto, denominada "A Glorificação das Bellas Artes na Amazónia", de 1899, de autoria de Domenico de Angelis. Sobre o teto abobadado estão afixadas quatro telas pintadas em Paris pela Casa Carpezot - a mais tradicional da época -, onde são retratadas alegorias à música, dança, tragédia e uma homenagem ao grande compositor brasileiro Carlos Gomes.



O teatro possui diversos ambientes, concebidos com diferentes materiais, daí ser considerado um espaço sobremaneira eclético. É, sem dúvida, o mais importante prédio da cidade, não somente pelo seu inestimável valor arquitetónico, mas principalmente pela sua importância histórica, uma prova viva da prosperidade e riqueza vividos na fase áurea da borracha. O teatro é referência para espetáculos regionais, nacionais e internacionais. Já passaram pelo palco do Teatro Amazonas: Margot Fonteyn e Christoph Schlingensief.


Fonte: http://www.mapavivo.com.br
Foto: Pontanegra

FIQUE POR DENTRO

Operação de combate ao desmate na Amazônia Legal é deflagrada em MT:

http://www.circuitomt.com.br/editorias/cidades/19446-operacao-de-combate-ao-desmatamento-e-deflagrada-em-mt.html

http://www.odocumento.com.br/materia.php?id=405246

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Desmatamento da Amazônia


Situação atual


Embora a maior parte da Amazônia permaneça intacta, a taxa de desmatamento é preocupante, principalmente nas regiões sul e leste da floresta.


Dados oficiais mostram que o índice de desmatamento representa uma perda anual que equivale ao tamanho da Bélgica. E segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), tomando por base levantamentos feitos por satélite, a Amazônia perdeu, até 2007, cerca de 700 mil km2 de floresta, ou seja, 18% da região.


Causas

Os incentivos fiscais para a agricultura, nas décadas de 1970 e 1980, foram grandes responsáveis pelo desmatamento.

Entre o final da década de 1980 e início da de 1990, a formação de pastagens para produção de carne bovina e o avanço das plantações de soja ganharam preponderância no desmatamento, feito, principalmente, por proprietários de médias e grandes fazendas.

As facilidades de crédito - oferecidas por bancos da região para os setores de pecuária e agricultura - somadas aos investimentos do governo em infraestrutura contribuíram ainda mais para o desmatamento nos últimos tempos.

Outro importante fator é a extração de madeira. Atualmente, há mais de 3 mil empresas cortando árvores na Amazônia.


Na verdade, o desenvolvimento da infraestrutura acelera a migração para áreas distantes e aumenta o desmatamento de propriedades. As estradas para retirada de madeira precedem e/ou acompanham as rodovias, fazendo com que novas regiões se tornem acessíveis para o investimento dos lucros do comércio da madeira, que ocorre nas áreas de soja e gado.



Finalmente, não podemos nos esquecer das queimadas. O fogo, utilizado para queimar a mata e dar lugar às lavouras e aos pastos, leva consigo árvores centenárias e destrói o habitat de inúmeras espécies animais e vegetais, consumindo também a riqueza natural do solo.





Consequências

• Erosão, exaustão dos nutrientes e compactação do solo: ao contrário do que pensa o senso comum, o desmatamento faz a produtividade agrícola diminuir, pois deteriora a qualidade do solo. A adição de adubos e nutrientes pode conter a degradação, mas de maneira limitada.


• Diminuição das opções de manejo florestal sustentável, tanto no que se refere aos recursos madeireiros quanto aos farmacológicos e genéticos.

• Quando a floresta se transforma em pastagem, as chuvas nas áreas desmatadas escoam rapidamente, levando consigo nutrientes e interrompendo os padrões regulares das cheias dos rios, importantes para o funcionamento do ecossistema e para a agricultura de várzea.

• Os incêndios florestais emitem gases de efeito estufa. Um grande incêndio na floresta pode liberar, através de combustão, toneladas de carbono equivalente ao carbono de CO2. As emissões de gás carbônico na atmosfera contribuem para o aumento da temperatura do planeta e afetam diretamente o clima e o ecossistema da região.

• A perda de partes importantes da floresta empobrece a biodiversidade da Terra.

Como impedir o desmatamento?

O combate ao desmatamento da Amazônia é prioridade para o governo e também para inúmeras organizações internacionais. O monitoramento e a repressão (através do controle de licenças, da crescente fiscalização do Ibama e de multas) são, atualmente, as estratégias principais para conter o desmatamento.
A fiscalização e a arrecadação de multas devem ser acompanhadas, contudo, pela compreensão dos aspectos sociais, econômicos e políticos da região. E, também, pela contínua educação das comunidades.
Ao mesmo tempo, faz-se necessário encontrar formas de explorar a floresta de maneira sustentável.



Fonte: "Desmatamento na Amazônia brasileira: história, índices e consequências", de Philip Martin Fearnside.
UOL - educação

FIQUE POR DENTRO


Avião britânico vai monitorar queimadas na Amazônia:

http://exame.abril.com.br/meio-ambiente-e-energia/sustentabilidade/noticias/aviao-britanico-vai-monitorar-queimadas-na-amazonia

FIQUE POR DENTRO


Desmatamento na Amazônia afeta regime de chuvas:
 
 
 

Geografia do Amapá

Relevo

O Estado do Amapá apresenta basicamente três modalidades de relevo, são elas:
  • Planície Litorânea: é caracterizada por ambientes propícios a inundações, pois a superfície é muito plana e dificulta a drenagem das águas.
  • Baixo Planalto Terciário: refere-se a planaltos levemente elevados e planície litorânea.
  • Planalto Cristalino: essa unidade de relevo predomina no Estado, ocupa grande parte do território, se localiza em uma região que concentra diversas serras, colinas e morros.
O relevo do Estado é predominantemente plano, isto é, com baixas altitudes, se faz presente nas proximidades da foz do Rio Amazonas, litoral e bacia Oiapoque. Na porção centro-oeste e noroeste apresentam maiores elevações, podendo atingir 500 metros acima do nível do mar.

Clima

O estado do Amapá, em sua totalidade, é influenciado pelo clima equatorial superúmido, isso significa que ocorre uma grande quantidade de calor e umidade que favorece a propagação da biodiversidade.
As temperaturas médias que ocorrem no Estado variam de 36ºC a 20ºC, a primeira ocorre principalmente no fim da tarde e o segundo acontece no alvorecer. O clima local apresenta duas estações bem definidas, denominadas de verão e inverno. Os índices pluviométricos ocorrem anualmente em média superior a 2.500 mm.

Vegetação

Como o clima do Estado é quente e úmido a cobertura vegetal é bastante diversificada e apresenta Florestas, e essas são classificadas em Floresta de Várzea, Floresta de Terra Firme, além de campos e cerrados.
Nas áreas próximas ao litoral a vegetação encontrada é o mangue ou manguezal. Aproximadamente 73% da área estadual é coberta pela Floresta Amazônica.

Hidrografia

Cerca de 39% da bacia hidrográfica do Estado faz parte da bacia do Amazonas. A rede hidrográfica do Amapá é formada por rios que desempenham um grande papel econômico na região desde a atividade pesqueira até o transporte hidroviário. A maioria dos rios do Amapá deságuam no oceano Atlântico. Dessa forma, os principais rios são: 

  • Rio Araguari: possui 36 cachoeiras.
  • Rio Oiapoque: fronteira natural entre o Brasil e a Guiana Francesa.
  • Rio Pedreira: foi utilizado para retirar pedras destinadas à construção da Fortaleza de São José de Macapá.
  • Rio Gurijuba: foi um rio com grande concentração de peixes.
  • Rio Cassiporé: conhecido pela grande quantidade de peixes.
  • Rio Vila Nova: fronteira natural entre o Amapá e o Pará.
  • Rio Matapi,Rio Maracapú,Rio Amapari,Rio Amapá Grande,Rio Flexal,Rio Tartarugalzinho e o Rio 

Fonte: G. E e Amapá digital


Usinas Hidreletricas do Rio Madeira

A construção de barragens para implantação de usinas hidrelétricas (UHE) na bacia do rio Madeira e outros rios amazônicos é considerada pelo setor elétrico como uma necessidade para o desenvolvimento econômico do Brasil e da Amazônia, pois a oferta de energia elétrica atrai novos investimentos, e, com isso, haverá o crescimento da economia local. A região Norte do Brasil é rica em recursos hídricos. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), aproximadamente 44% do potencial hidráulico remanescente no Brasil estão concentrados na região Norte, com 114GW a serem ainda utilizados.


Segundo os planos nacionais de expansão dos aproveitamentos hidrelétricos para o estado de Rondônia, estão previstas seis UHE (Jirau, Santo Antônio, Madeira Binacional, Monte Cristo, Ávila e Ji-Paraná), as quais, construídas em 3.731,919 Km2, atingirão 12 áreas indígenas, totalizando 5.784 habitantes.
A capital de Rondônia, a cidade de Porto Velho, situa-se ao norte do estado e apresenta, ainda hoje, precárias condições sanitárias, principalmente na área rural. O ingresso de milhares de trabalhadores na área para as obras civis das UHE do rio Madeira pode agravar ainda mais as condições de saúde da população local. Os impactos sociais e econômicos das obras não se restringem à vizinhança de Porto Velho, uma vez que alteram regionalmente as condições de vida, a economia e o fluxo migratório de Rondônia. As maiores críticas à implantação de tais usinas apontaram para a necessidade de estudos ambientais mais efetivos sobre o conjunto dos impactos e sua extensão em todo o território da bacia hidrográfica diretamente afetada.

Quanto aos impactos sobre os seres vivos, destacam-se as interferências que as hidrelétricas terão sobre a migração de peixes na região, bastante intensa entre os rios da bacia do Madeira e do Purus e da bacia Amazônica em geral.
Outro problema apontado por cientistas da área de saúde é a incidência de malária. Segundo estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), a construção de UHEs na região Amazônica geralmente causou aumento de casos da doença, sugerindo que se as condições atuais de saneamento e os serviços públicos de saúde oferecidos à população não sofrerem uma profunda reestruturação tanto física quanto humana, os riscos de uma nova epidemia aumentarão consideravelmente, uma vez que a propagação dessa moléstia está ligada a modificações no ambiente, como os desmatamentos, processos migratórios, urbanização, características econômicas, sanitárias e comportamentais.

Para concluir, precisamos entender que o aproveitamento do potencial energético dos rios do Brasil e da região Amazônica pode e deve ser feito, inclusive por se tratar de uma fonte de energia muito mais limpa que os combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão, que são as principais opções para a geração de energia atualmente exploradas no Brasil. Por outro lado, não podemos esquecer que o aproveitamento energético de rios como o Madeira deve ser realizado tendo em vista todas as precauções relacionadas à presença de populações tradicionais, à biodiversidade aquática mais rica do planeta e também aos riscos de propagação de doenças endêmicas, como é o caso da malária. A busca de um equilíbrio é um desafio para o setor elétrico, que precisa ser equacionado para o bem das populações amazônicas e da sociedade brasileira como um todo.

Fonte: http://www.univesp.ensinosuperior.sp.gov.br/preunivesp/969/impactos-ambientais-das-usinas-hidrel-tricas-do-rio-madeira.html

domingo, 2 de setembro de 2012

Município de Serra do Navio


História

Desmembrado do município de Macapá, Serra do Navio foi chamado inicialmente de Água Branca do Amapari e, posteriormente, Serra do Navio. A comunidade de Água Branca do Amapari fica localizada a aproximadamente 10 quilômetros da sede do município.

 O município de Serra do Navio foi criado em primeiro de maio de 1992, através de lei numero:007/92. A cidade foi criada inicialmente para abrigar os funcionários da ICOMI - Indústria e Comércio de Minérios, que firmou contrato de exploração de manganês amapaense por 50 anos, ou seja até 2003. No entanto, a reserva esgotou antes do tempo previsto e a empresa deixo o local.

Enquanto a sede estava sendo administrada pela ICOMI, a vila era modelo de organização e eficiência em todos os setores. Representava a rede de maior projeto privado do Estado do Amapá. Os moradores não tinham a necessidade de sair da vila para nada. Com relação ao atendimento médico, eram efetuadas cirurgias que até hoje não se realizam na capital.

Com a saida definitiva da ICOMI e após a instalação do Município, a sede passou a ser administrada pela Prefeitura, mas devido a dificuldades financeiras, ficou difícil manter o padrão implantado pela ICOMI, pois a manutenção de uma estrutura daquele porte demandaria bastante recursos.

 A infra-estrutura lembra uma pequena cidade do sul do país. Serra do Navio é cheia de atrativos, detém densas florestas com inúmeras espécies da flora e fauna integrantes da grande biodiversidade da floresta Amazônica. Banhada pelo rio Amapari e seus igarapés, por parte do Araguari e Mururé, o local tem hidrográfica marcante por se tratar de rios com belas corredeiras, ricos em peixes e recantos naturais de rara beleza como os balneários de cachaço e pedra preta. O clima merece destaque por ser um município que pertence a um estado cortado pela linha do equador, mas por estar situado numa serra, a uma altitude de 148,5m, a temperatura é sempre amena. No período de inverno a temperatura chega a 15c e a neblina,, em alguns períodos do ano, é tão densa que não se consegue visualizar mais de seis metros.
 A Serra é o único lugar do país que possuir um espécie de beija-flor. O brilho do fogo, o Topázio.
Durante o ano, as mais importantes festas populares são o baile das flores, o festival do cupuaçu e a tradicional festa da mina.

Geografia:

Dados do Município
Características
Nome Oficial
Município de Serra do Navio
Lei de Criação
Nº 7, de 1º de maio de 1992
Limites
Norte: Oiapoque
Sul: Amapari
Leste: Calçoene, Pracuúba e Ferreira Gomes
Oeste: Amapari
Área
7.757,3 km2
População (IBGE 2010)
4.409 habitantes (recenseada e estimada)
Comunidades Principais
Serra do Navio (Sede)
Água Branca
Arrependido do Amapari
Cachaçodo Amapari
Distância da Capital
197 km
Produção
Manganês (em fase de extinção)
Transporte
Rodoviário e Ferroviário
Aeroporto
Nenhum
Clima
Tropical Chuvoso
Temperatura
Media anual mínima de 18°C e máxima de 35°C
Grupos Indígenas
Nenhum
Atração Turística
A cidade em si é uma atração turística, possui toda a estrutura de uma cidade pequena do sul do país, aliada ao clima frio pelas manhãs. Além disso existem cachoeiras e florestas

Fonte: http://www.sefaz.ap.gov.br/sre/geral/serra_navio.jsp
http://www.fundacaoserradonavio.ap.gov.br/historico_serra.html