sexta-feira, 21 de setembro de 2012

HISTÓRIA DO AMAPÁ


A região onde hoje está localizado o atual território do estado do Amapá foi fruto de uma doação a Bento Manuel Parente, um homem português.


Ingleses e holandeses invadiram a região no final do século XVII. Os portugueses conseguiram expulsar os invasores do território.


No século XVIII, os franceses reivindicaram a posse da área. Em 1713 é assinado o Tratado de Utrecht estabelecendo as fronteiras entre o Brasil e a Guiana Francesa, pelo Tratado o rio Oiapoque foi estabelecido como limite entre o Brasil e a Guiana Francesa. Os franceses não honraram o trato. Para defender o território, protegendo os limites contra a invasão francesa os portugueses construíram uma fortaleza que recebeu o nome de São José de Macapá.


No século XIX, a descoberta de ouro na região juntamente com o ciclo da borracha ajudaram o território a crescer e contribuíram também para o povoamento da região. A borracha alcançou preços internacionais altíssimos.


Em maio de 1895 o território é novamente invadido pelos franceses. Em 01 de janeiro de 1900, a Comissão de Arbitragem, em Genebra, deu possessão da região ao Brasil e o território foi incorporado ao estado de Pará, sob o nome de Amapá.


Durante a Segunda Guerra Mundial, visando fatores estratégicos e de desenvolvimento econômico, a região foi desmembrada do estado do Pará pelo Decreto-lei n° 5.812, de 13 de setembro de 1943, constituindo o Território Federal do Amapá.


Em 1945 são descobertas grandes jazidas de manganês na Serra do Navio. Um nova divisão territorial definiu que a porção norte do Amapá do Rio de Cassiporé se tornou a Municipalidade de Oiapoque. Em dezembro de 1957, com o estabelecimento da municipalidade de Calçoene a área é novamente desmembrada.



Através da Constituição de 05 de outubro de 1988 o Amapá passa a ser um Estado.
 


sábado, 15 de setembro de 2012

OIAPOQUE

 História:
O município de Oiapoque originou-se da morada de um mestiço de nome Emile Martinique, no início do século XX. Por isso, a localidade passou a chamar-se inicialmente de Martinica. Foi aí que o governo federal resolveu criar um destacamento militar, para onde vários presos políticos foram enviados. Alguns anos depois esse destacamento foi transferido para Santo Antônio, atual distrito de Clevelândia do Norte, com a denominação de Colônia Militar.
O município está localizado no ponto mais extremo do país, é a principal referência nacional, quando se determina os extremos do Brasil: do Oiapoque ao Chuí.
Criado pela Lei 7.578 de 23 de maio de 1945, o Oiapoque, devido a fronteira com Saint' George - colônia francesa que serve como ponte para a Guiana Francesa, tanto por via marítima quanto aérea, está mudando aquele cenário de cidadezinha do interior. A vida diurna e noturna ganha contornos de cidade que desponta para uma experiência comercial bem mais intensa em relação aos outros municípios (com exceção da capital, Macapá, que convive com o intenso fluxo de imigrantes e de sacoleiros que vêm em busca das facilidades fiscais da Área de Livre Comércio de Macapá e Santana).
Em Oiapoque, além do interminável trânsito de "catraias" que transportam passageiros de um lado para o outro, franceses e brasileiros criam uma nova linguagem ou até falam um o idioma do outro.
O município possui vários atrativos naturais, e, nos vários programas que oferece, está o passeio pelo rio Oiapoque com suas cachoeiras (destaque para a Grand Roche), balneários e densa vegetação, além do Vale do Rio Uaçá onde se localizam as principais comunidades indígenas. Berço de civilizações indígenas, existem em seu território três grandes reservas a Galibi, a Juminã e a Uaçá, com suas respectivas etnias Galibi, Karipuna e Palikur. Isso mostra que o Oiapoque é possuidor de importante área sob o ponto de vista da preservação cultural e ambiental.
Oiapoque - Marco Fronteiriço

Como atrativo de caráter religioso destaca-se a festa de Nossa Senhora das Graças, padroeira do município. O maior atrativo cultural é a festa do Turé - reunião anual de todas as tribos indígenas. O artesanato local é o indígena e merecedor de destaque pela sua beleza e singularidade.
 
Dados do MunicípioCaracterísticas
Nome oficialMunicípio de Oiapoque
Lei de criaçãoNº 7.578, de 23 de maio de 1945
LimitesNorte: Oceano Atlântico
Sul: Calçoene, Serra do Navio e Pedra Branca do
Amapari
Leste: Calçoene
Oeste: Laranjal do Jarí
Área22.625 km2
População (IBGE 2007)20.426 habitantes (recenseada e estimada)
Comunidades principaisSede, Clevelândia do Norte e Vila Velha do
Cassiporé
Distância da Capital590 km (30% pavimentada)
ProduçãoPesca, agricultura e artesanato
TransporteRodoviário, marítimo e aéreo
Aeroporto01 aeroporto e 05 campos de pouso
ClimaQuente e úmido
TemperaturaMédia anual mínima de 22°C e máxima 33°C
Grupos IndígenasGalibi, Karipuna e Palikur
Atração turísticaRios Oiapoque, Uaçá e Cassiporé, lago do Maruaní, Cabo Orange e Cassiporé, Serra do Tumucumaque e Monte Cajarí, passeio de catraia, artesanato indígena e a Festa do Turé

MUNÍCIPIO DE MAZAGÃO



Historia:
 A população de Mazagão é originária do norte da África (Marrocos), que foi colonizada pelos portugueses que pensavam em expandir seus domínios a partir da construção de fortes e castelos. No entanto, as questões religiosas entre muçulmanos, mouros e cristãos portugueses, desaguaram numa sangrenta guerra santa, cujos custos oneraram em muito a Coroa portuguesa.
São travadas lutas acirradas entre mouros e cristãos e, nas breves tréguas, os mais antigos contam que surgia a imagem de um cavaleiro branco, identificado como São Tiago, que passou a ajudar os lusos a vencerem as grandes batalhas.
Os primeiros habitantes de Mazagão, no Amapá, foram 114 brancos e 103 escravos, que se transformaram nos primeiros agricultores desta região que faz parte do Estado. A primeira capital brasileira a hospedar os bravos mazaganenses africanos foi Belém.
Eles permaneceram até junho de 1771, enquanto eram construídas moradias para receber esta população recém-chegada.
Por causa da decadência de Mazagão amazônica, visto as circunstâncias da situação sócio-econômica e política, por volta de 1915 o governador do Pará resolve incorporar esta vila ao município de Macapá. Este fato deixou seus moradores muito insatisfeitos, pois queriam continuar com sua autonomia político-administrativa. Surgiu assim um novo local para instalação da sede de seu município. A área escolhida para servir Mazagão Novo, fica situada a 30 quilômetros de Mazagão Velho e mais próximo à cidade de Macapá, em frente ao Furo do Beija-Flor, entre o rio Vila Nova e o braço esquerdo do Amazonas.
Através da Lei Estadual paraense nº 46, ficou decretada a transferência da sede, de Mazagão Velho para Mazagão Novo, oficialmente instalada no dia 15 de novembro de 1915.

Todos os anos, no mês de julho, é realizada a Festa de São Tiago, tendo seu ápice nos dias 24 e 25, com o "Baile de Máscaras" e a dramatização da "cavalhada", com uma reprodução das lutas travadas entre mouros e cristãos, ambos grupos trajados a rigor.


 
Dados do MunicípioCaracterísticas
Nome OficialMunicípio de Mazagão
Lei de CriaçãoNº 226, de 28 de novembro de 1890
LimitesNorte: Amapari, Porto Grande e Santana
Sul: Vitória do Jari
Leste: Santana e Rio Amazonas
Oeste: Laranjal do Jari
Área13.131 km2
População (IBGE 2010)17.030 habitantes (recenseada e estimada)
Comunidades PrincipaisMazagão (sede), Carvão e Mazagão Velho
Distância da Capital36 km
ProduçãoAgricultura de subsistência
TransporteRodoviário, fluvial e aéreo
AeroportoNenhum
ClimaQuente úmido
TemperaturaMédia mínima 23°C e máxima 33°C
Grupos IndígenasNenhum
Atração TurísticaLagoas, rios. Festa de São Tiago e Festa da Mandioca no mês de julho

Fonte: http://www.ap.gov.br

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

TESTE SEUS CONHECIMENTOS


(ENEM-2008)  Calcula-se que 78% do desmatamento na Amazônia tenha sido motivado pela pecuária — cerca de 35% do rebanho nacional está na região — e que pelo menos 50 milhões de hectares de pastos são pouco produtivos. Enquanto o custo médio para aumentar a
produtividade de 1 hectare de pastagem é de 2 mil reais, o custo para derrubar igual área de floresta é estimado em 800 reais, o que estimula novos desmatamentos.

Adicionalmente, madeireiras retiram as árvores de valor comercial que foram abatidas para a criação de pastagens. Os pecuaristas sabem que problemas ambientais como esses podem provocar restrições à pecuária nessas áreas, a exemplo do que ocorreu em 2006 com o plantio da soja, o qual, posteriormente, foi proibido em áreas de floresta.

Época, 3/3/2008 e 9/6/2008 (com adaptações).

A partir da situação-problema descrita, conclui-se que

a) o desmatamento na Amazônia decorre principalmente da exploração ilegal de árvores de valor comercial.

b) um dos problemas que os pecuaristas vêm enfrentando na Amazônia é a proibição do plantio de soja.

c) a mobilização de máquinas e de força humana torna o desmatamento mais caro que o aumento da produtividade de pastagens.

d) o superavit comercial decorrente da exportação de carne produzida na Amazônia compensa a possível degradação ambiental.

e) a recuperação de áreas desmatadas e o aumento de produtividade das pastagens podem contribuir para a redução do desmatamento na Amazônia.



Resolução:

a) Errada, pois a questão do desmatamento da Amazônia não está limitada somente à extração de madeira, já que existem outras atividades extremamente degradantes como a pecuária, agricultura, mineração e outras.
b) Errada simplesmente pelo fato de que pecuarista não desenvolve plantio de soja.
c) Errada, o texto deixa claro que o custo da formação de pastagem é superior ao de desmatamento, o que estimula a prática da segunda.
d) Errada, os índices de produtividade da pecuária desenvolvida na Amazônia não compensam devido aos altos prejuízos ambientais para produzir somente 35% do rebanho nacional.

A correta: e) A recuperação de áreas degradadas e a utilização de insumos para elevação da produtividade das pastagens impedem que haja uma expansão das fronteiras agropecuárias, resultando automaticamente na diminuição dos níveis de desmatamento.

(ENEM-2008) O gráfico abaixo mostra a área desmatada da Amazônia, em km2, a cada ano, no período de 1988 a 2008.



As informações do gráfico indicam que

a) o maior desmatamento ocorreu em 2004.

b) a área desmatada foi menor em 1997 que em 2007.

c) a área desmatada a cada ano manteve-se constante entre 1998 e 2001.

d) a área desmatada por ano foi maior entre 1994 e 1995 que entre 1997 e 1998.

e) o total de área desmatada em 1992, 1993 e 1994 é maior que 60.000 km2.


Resolução:

a) Errada, o gráfico deixa explícito que 2004 é superado pelo ano de 1995.
b) Errado, os índices de desmatamento em 2007 são inferiores aos de 1997.
c) Errada, os índices de desmatamentos nos anos tiveram oscilações.
e) Errada, nenhum dos anos citados atingiu sequer 20 mil km2, dessa forma, caso sejam somados, o resultado fica distante do valor sugerido na questão.

A correta: d) Os anos de 1994 e 1995 somados resultam em níveis de desmatamento superiores aos dos anos de 1997 e 1998, especialmente o de 1995, que atingiu 30 mil km2.

(ENEM - 2008) Os ingredientes que compõem uma gotícula de nuvem são o vapor de água e um núcleo de condensação de nuvens (NCN). Em torno desse núcleo, que consiste em uma minúscula partícula em suspensão no ar, o vapor de água se condensa, formando uma gotícula microscópica, que, devido a uma série de processos físicos, cresce até precipitar-se como chuva.

Na floresta Amazônica, a principal fonte natural de NCN é a própria vegetação. As chuvas de nuvens baixas, na estação chuvosa, devolvem os NCNs, aerossóis, à superfície, praticamente no mesmo lugar em que foram gerados pela floresta. As nuvens altas são carregadas por ventos mais intensos, de altitude, e viajam centenas de quilômetros de seu local de origem, exportando as partículas contidas no interior das gotas de chuva.
Na Amazônia, cuja taxa de precipitação é uma das mais altas do mundo, o ciclo de evaporação e precipitação natural é altamente eficiente.

Com a chegada, em larga escala, dos seres humanos à Amazônia, ao longo dos últimos 30 anos, parte dos ciclos naturais está sendo alterada. As emissões de poluentes atmosféricos pelas queimadas, na época da seca, modificam as características físicas e químicas da atmosfera amazônica, provocando o seu aquecimento, com modificação do perfil natural da variação da temperatura com a altura, o que torna mais difícil a formação de nuvens.

Paulo Artaxo et al. O mecanismo da floresta para fazer chover. In: Scientific American Brasil, ano 1, n.º 11, abr./2003, p. 38-45 (com adaptações).

Na Amazônia, o ciclo hidrológico depende fundamentalmente:

a) da produção de CO2 oriundo da respiração das árvores.

b) da evaporação, da transpiração e da liberação de aerossóis que atuam como NCNs.

c) das queimadas, que produzem gotículas microscópicas de água, as quais crescem até se precipitarem como chuva.

d) das nuvens de maior altitude, que trazem para a floresta NCNs produzidos a centenas de quilômetros de seu local de origem.

e) da intervenção humana, mediante ações que modificam as características físicas e químicas da atmosfera da região.


Resolução:

a) Errada, pois os ingredientes do ciclo hidrológicos são vapor de água e NCN.
c) Errada, pois a poluição está provocando justo o contrário: a não formação de nuvens e conseqüentemente a falta de chuva.
d) Erro, as nuvens formadas por NCNs na floresta Amazônica se originam na floresta e não são transportadas para lá.
e) O homem só atrapalha o ciclo hidrológico, este só ocorre graças à natureza.

A correta: b) As nuvens se constituem pela formação de NCNs, que na estação chuvosa se desfazem na forma de chuvas baixas e são devolvidos para a natureza onde recomeça todo o processo, num círculo vicioso

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